Uma experiência nova, um pouco cansativa, mas nem por isso menos auspiciosa. Quem já teve que mudar de casa mais de uma vez sabe do que estou falando. Não vou negar que, no meu caso, pinta também um dedinho de medo, afinal vou deixar um aconchego de quase 30 anos. Mereço ou não mereço um crédito? Meu paciente leitor deve considerar que, para além do trabalho que é encaixotar o que tem serventia e descartar o que não tem, ainda vou trocar uma residência com uma área X por outra que representa, quando muito, um terço dela. Ou seja, vai sobrar muita tranqueira...
Comecei a maratona de ir olhar apartamentos disponíveis para aluguel. Que sensação estranha é entrar em lugares vazios de humanidade, mas que guardam ainda energias de antigos moradores. Tem sol da manhã? Sol da tarde? A rua é barulhenta? As janelas, devassadas? Cômodos excessivamente pequenos? Ai, é tanto detalhe pra checar, que bate o medo de fazer a pior escolha. Mas resolvi que não vou me estressar. Ouviram? NÃO VOU ME ESTRESSAR! Estou tentando trabalhar com a idéia de que tem também o lado bom da coisa: casa nova, vida nova, tudo novo! Dar uma chacoalhada (é assim mesmo que se escreve, olhei no Houaiss) na vida de vez em quando é saudável e necessário. E eu bem que estou precisando disso!
quinta-feira, abril 30
quarta-feira, abril 29
Leão famiiiiinto...
Abril é mês de estresse brabo. À proporção que se aproxima a segunda quinzena, a irritação aumenta. É quando a gente percebe que aquelas noites sem dormir e as tardes de sábado e domingo gastas fazendo um trabalhinho extra não serviram pra nada. Ou melhor, serviram pra encher mais a barriga do leão faminto. No final das contas, a gente paga pra trabalhar... Amanhã desembolso a primeira parcela. Injuriada!
terça-feira, abril 28
Um dia especial
Hoje é um dia especial – SEU dia! Abra aquele sorriso. Pense em coisas boas. Renove seus sonhos. Espalhe alegria.
Hoje é dia de agradecer. Agradecer as bênçãos que você tem recebido. A saúde. Os talentos. As oportunidades. As conquistas.
Hoje é dia de festejar. Festeje a vida. E já que ninguém está livre de problemas, esqueça deles por um dia. Depois descubra o que tem que aprender com eles e vá adiante. Tenha fé e confiança na sua capacidade. Você vai ver que, apesar dos riscos, viver vale a pena.
Hoje é dia de festejar. Festeje a vida. E já que ninguém está livre de problemas, esqueça deles por um dia. Depois descubra o que tem que aprender com eles e vá adiante. Tenha fé e confiança na sua capacidade. Você vai ver que, apesar dos riscos, viver vale a pena.
FELIZ ANIVERSÁRIO, kid!
segunda-feira, abril 27
É isso aí....
RODA VIVA
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
E carrega o destino pra lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
..............................................
(Chico Buarque de Holanda)
domingo, abril 26
Hoje é domingo...
Hoje é domingo/pede cachimbo
O cachimbo é de ouro/ bate no touro
O touro é valente / bate na gente
A gente é fraco / cai no buraco
O buraco é fundo / acabou-se o mundo.
Meus leitores mais jovens não vão ter noção do que significa a parlenda aí de cima porque essa ingênua brincadeira parece ter desaparecido para sempre do imaginário infantil, agora povoado por jogos eletrônicos, brinquedos movidos a bateria e outros quetais. Deixando de lado o fato de o segundo verso ser politicamente incorreto (abaixo o fumo!) e o último, extremamente pessimista, o jogo de palavras rimadas é que é tem sua graça. Domingo, pra mim, combina com relax e uma boa massa com molho do que eu inventar na hora (sem queijo, argh!). Hoje é domingo! Responda rápido: pra você, domingo pede... ?
sábado, abril 25
Frases (brilhantes) da Semana
"Se alguém enganou a universidade, vai cair do cavalo, porque a gente vai investigar".
(Presidente Lula, respondendo a um repórter que o governo federal vai investigar as denúncias do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontaram fraudes no Programa Universidade para Todos (Prouni). )
− “A família é sagrada. Não tem nada demais”.
(Presidente Lula, respondendo a um repórter que o governo federal vai investigar as denúncias do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontaram fraudes no Programa Universidade para Todos (Prouni). )
− “A família é sagrada. Não tem nada demais”.
(Dep. Inocêncio de Oliveira, que mandou a mulher, a filha e a neta rumo a Miami, Nova York, Frankfurt e Milão, com passagens pagas pela Câmara.)
− “Quer dizer que agora eu venho para Brasília e minha mulher fica lá? Não é justo”.
−“Até ontem era tudo liberado nesse negócio de passagens! Então, por que mudou? É um bando de babacas!”
(Dep. Ciro Gomes (PPS-AL), revoltado com as medidas propostas pela direção da Câmara para acabar com a farra das passagens aéreas. )
− “...Estão colocando nomes de pessoas sérias como se fossem bandidos! “
(Dep. ACM Neto, Corregedor da Câmara Federal, respondendo a pergunta de jornalista.)
“Na internet e entre os leitores, a sensação é a de que todos os políticos são iguais e deveriam desaparecer. É um equívoco. (...) Depois de uma explosão nuclear, nem todos desaparecem : as baratas sobrevivem. Um Congresso fantasma ou um Congresso fechado não interessam à democracia. “
(Dep. Fernando Gabeira (PV-RJ), em entrevista, depois de admitir que usou indevidamente passagens da Câmara, e iniciando campanha para reabilitação da Casa.)
− “Eu acredito que política não é uma profissão, mas uma missão. Viajar em missão com a mulher e os filhos pequenos não é um erro. Mas compreendo que a sociedade não entenda assim. Por essa razão, vou defender a aprovação do projeto que acaba com o direito de familiares viajarem com passagens da Câmara”.
(Dep. ACM Neto, Corregedor da Câmara Federal, respondendo a pergunta de jornalista.)
“Na internet e entre os leitores, a sensação é a de que todos os políticos são iguais e deveriam desaparecer. É um equívoco. (...) Depois de uma explosão nuclear, nem todos desaparecem : as baratas sobrevivem. Um Congresso fantasma ou um Congresso fechado não interessam à democracia. “
(Dep. Fernando Gabeira (PV-RJ), em entrevista, depois de admitir que usou indevidamente passagens da Câmara, e iniciando campanha para reabilitação da Casa.)
− “Eu acredito que política não é uma profissão, mas uma missão. Viajar em missão com a mulher e os filhos pequenos não é um erro. Mas compreendo que a sociedade não entenda assim. Por essa razão, vou defender a aprovação do projeto que acaba com o direito de familiares viajarem com passagens da Câmara”.
(Dep. Silvio Costa (PMN-PE), mudando de lado rapidamente.)
− O Congresso Nacional tem “sabedoria política demais” para resolver seus próprios problemas.
− O Congresso Nacional tem “sabedoria política demais” para resolver seus próprios problemas.
E, fechando com chave de ouro:
− “Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém! Da imprensa, de deputado! Pode escrever o caralho aí!”
(Dep. Ciro Gomes, ao saber que veio do Ministério Público a informação, negada por ele, de que sua mãe viajou para os Estados Unidos com passagens pagas pela Câmara.)
Não resisto à tentação de reproduzir um trecho do jornalista Augusto Nunes, publicado na seção Direto ao Ponto, blog no UOL (24 abril) .
APERTEM OS CINTOS, ILUSTRES PASSAGEIROS
APERTEM OS CINTOS, ILUSTRES PASSAGEIROS
A ira da patroa é muito pior que a indignação de milhões de brasileiros, informam, conjugados, o silêncio de deputados ou senadores pendurados na bandeira da ética e o berreiro de meliantes notórios. Todos esconderam da matriz viagens em companhia da filial, sob o gentil patrocínio do Congresso. Como explicar-se em casa depois da divulgação da lista com os nomes das acompanhantes? Como livrar-se da tempestade doméstica desencadeada pela identificação da passageira na poltrona ao lado?
É bom que a turma toda encontre desculpas, pretextos e álibis até domingo. A partir de segunda-feira, uma picante sequência de revelações fortalecerá a suspeita de que o mandato parlamentar é afrodisíaco. Alguns viajantes foram fotografados no momento do embarque. Muitos casais oficiosos aparecem sorrindo longe do Brasil e supostamente do perigo, emoldurados por paisagens de cartão postal, felizes com a lua-de-mel internacional.
(...)
Para morrer de raiva com essas e outras notícias, acessem os links:
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
http://noticias.uol.com.br/politica/escandalos-congresso-nacional-2009.jhtm
(...)
Para morrer de raiva com essas e outras notícias, acessem os links:
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
http://noticias.uol.com.br/politica/escandalos-congresso-nacional-2009.jhtm
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farra das passagens aéreas
sexta-feira, abril 24
Culpa da imprensa!
Entra dia, sai dia, e a imprensa continua batendo na mesma tecla. Nos telejornais de todos os canais, nos jornais impressos ou online e também nos sites de conteúdo, a notícia principal sempre gira em torno daquilo que eles apelidaram injustamente de “farra das viagens” do Congresso Nacional. Tudo começou quando descobriram que Adriane Galisteu e a mãe tinham feito uma viagenzinha a Miami na cota do namoradinho dela (de Adriane, não da mãe), o deputado Fábio Faria. Deve ter sido alguma mulher invejosa que fez a denúncia, eles nem são mais namorados! E não tem nada de mais alguém dar um presente para a noiva e a sogra, não é? Mas daí começaram a puxar o fio e o novelo foi se desenrolando, e acabaram descobrindo que muitas outras amantes, sogras, filhos e genros também viajaram por conta da cota dos deputados, quer dizer, por conta dos impostos que você paga para manter os nobres e atuantes parlamentares em serviço. A imprensa exagera, como disse o Presidente Temer, foram poucos os casos em que isso aconteceu. De fato, na Câmara, de janeiro de 2007 a outubro de 2008, apenas 51% dos parlamentares, isto é, apenas 261, emitiram bilhetes internacionais para amigos e familiares. Foram somente 1 881 vôos internacionais, gente! E uma coisa não se pode afirmar: que aos deputados e suas famílias falta bom gosto. Absolutamente! Pelos registros fornecidos pelas companhias aéreas, os destinos preferidos foram Miami, Nova York, Paris, Londres, Milão, Roma, Madri, Frankfurt, Bariloche, Buenos Aires, Santiago, Montevidéu e Caracas. Ou seja, algumas das cidades mais badaladas do mundo. Você também não gostaria de conhecer? Felizmente os deputados - de todos os matizes políticos – esclareceram toda essa celeuma provocada pela imprensa. Eles explicaram que tudo isso é legal, que cada deputado tem uma cota mensal para gastar com passagens. Mas eles se sacrificam para economizar, viajam de corujão e abrem mão da classe executiva, assim, no fim do ano sobram uns caraminguás. Nada mais justo que levar os familiares para um rolé no exterior, caso contrário esse dinheiro volta pros cofres públicos, o que seria um desperdício, né não? Agora que está tudo explicado e podemos dormir em paz, acho que a imprensa deveria dar mais destaque aos importantes projetos da Câmara e deixar a fofoca de lado. Que tal a imprensa fazer o seu trabalho, que é o de manter a população bem informada?
Se desejar mais informações, dê um olhada no link: http://noticias.uol.com.br/politica/escandalos-congresso-nacional-2009.jhtm
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quinta-feira, abril 23
Dá pra confiar?
“Caiu na rede, é peixe”, diz o ditado. Atualizando a voz do povo e o sentido de rede, poderíamos arriscar: “Caiu na rede, perdeu a autoria”. Estou falando da rede mundial de computadores, lógico, onde, a exemplo da televisão, “nada se cria, tudo se copia”. Pois quem já não topou com textos de famosos atribuídos a desconhecidos ou vice-versa? Drummond, Mário Prata, Jabor, Martha Medeiros, Fernando Sabino e Borges, para citar apenas alguns, já foram vítimas dessas confusões. Algumas, mesmo depois de esclarecidas, continuam sendo reproduzidas à exaustão. Por isso, quando quero citar algum texto de cuja autoria não estou segura, faço sempre a ressalva. Nunca se sabe as metamorfoses pelas quais passou aqui na internet ou se a autoria procede ou não. Vai daí que quero postar um fragmento sempre atribuído a Madre Tereza de Calcutá. Dessa Madre, conheço apenas a admirável obra social, não estou certa se deixou obras publicadas. Mesmo assim arrisco, porque o texto fala do amor incondicional, algo que a Madre Tereza exercitou com as populações pobres a quem dedicou sua vida de missionária. Eis o texto:
“Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba.
Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona...
Ame, apenas ame, pois o tempo nunca pode acabar com
um amor sem explicação”.
“Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba.
Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona...
Ame, apenas ame, pois o tempo nunca pode acabar com
um amor sem explicação”.
quarta-feira, abril 22
Aprendi com Leminski
Hoje me socorro em Leminski. Mas não fujo da raia.
Bem no Fundo
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
terça-feira, abril 21
Recordando Ascenso Ferreira
Não sei bem a razão, mas a única coisa de que consegui me lembrar nesta comemoração ao herói da Inconfidência foi um poema de Ascenso Ferreira, intitulado Filosofia (de vida?), que reproduzo aí abaixo.
Filosofia
Hora de comer — comer!
Hora de comer — comer!
Hora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!
Hora de trabalhar?
— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!
(Ascenso Ferreira, 1939)
(Ascenso Ferreira, 1939)
segunda-feira, abril 20
MEU PÉ DE CAJÁ-MANGA
Nasci e me criei em Vitória e aos 22 bati asas e fui conhecer o mundo, passando antes por um período de adaptação de pouco mais de 3 anos entre Brasília e São Paulo. Sem raízes familiares nem afetivas com a zona rural, acabei me tornando uma pessoa muito urbana, que adora o conforto e as possibilidades de toda ordem que as cidades oferecem. Acho um tédio passar mais que dois dias numa cidade do interior, mesmo que seja para descansar. Não estou dizendo que não goste da proximidade com a natureza, não seria tão estúpida, mas não preciso mais que mar, parques, jardins e morros presentes na paisagem urbana.
Quem não conhece os inconvenientes de viver numa cidade como Vitória? Mas confesso que me sinto confortável no meu esconderijo. E é bem provável que o fato de morar numa casa e não num apartamento tenha algo a ver com essa sensação. Morram de inveja – moro numa casa com quintal. Não é muito grande, mas suficiente para ter, além da parte cimentada, uma área de terra. Nela reina, soberano, um enorme pé de cajá-manga. Quando fui construir a casa, ele já estava ali há cerca de nove anos, por isso o projeto foi adaptado para poupá-lo de qualquer incômodo. Ou seja, em lugar de uma ampla edificação ocupando todo o terreno disponível, preferi projetar uma casa de dois pavimentos, conservando a simpática árvore. A residência está de frente para o cajazeiro, de modo que, de todas as janelas se pode avistá-lo. A janela do meu escritório, onde estou agora, fica a menos de três metros de distância. Foi uma decisão mais que acertada, porque o cajazeiro se tornou uma companhia protetora durante esses vinte e oito anos em que estamos juntas.
Meu pé de cajá-manga me protege do calor excessivo, filtra a poluição atmosférica para que eu respire melhor, amortece o impacto das tempestades, carrega a energia solar, que me devolve em doses diárias suficientes para me manter saudável e disposta. No meu pé de cajá-manga habitam bem-te-vis, sabiás e outros pequenos pássaros que não sei o nome, mas que integram a orquestra que toca belas sinfonias nos dias ensolarados. No meu pé de cajá-manga vive um casal de corujas, que invariavelmente me avisa que chegou a noite. E como se não bastasse, o meu pé de cajá-manga me presenteia, todo mês de abril, com frutos suculentos e doces da melhor qualidade. A produção é tanta que não dou conta de absorvê-la sozinha. Huuummm, é de dar água na boca! Já tenho os fregueses certos, amigos, parentes, vizinhos ou alguém que passa na rua e, sentindo o delicioso cheiro, interfona perguntando se posso “dar um cajá”. O suco é apreciado por todos. Eu, particularmente, gosto do suco bem concentrado, não é preciso nem colocar açúcar.
Não é muito fácil encontrar cajás nas feiras e mercados. Principalmente iguais aos que meu pé de cajá-manga produz. Agora, se você ficou com vontade de provar essa delícia, vem correndo pegar aqui em casa, o pé ainda está carregadinho. Esta é sua última oportunidade, porque meu pé de cajá-manga não vai sobreviver para outra carga. Dentro de dois meses me mudo para um apartamento. Meu pé de cajá-manga vai dar lugar a um edifício de doze andares!
domingo, abril 19
Convento da Penha
Não costumo ir com muita freqüência ao Convento da Penha, mas quando tenho que ciceronear algum conhecido que vem a Vitória pela primeira vez, é por ali que começo a mostrar nossas belezas. É impossível alguém não gostar do passeio. Independente da fé religiosa, o turista logo percebe que se trata de um lugar especial, não só pela questão histórica, mas também pela atmosfera de paz e serenidade que ali se experimenta. Isso pra não falar da vista fantástica de Vila Velha e Vitória. Com todo respeito aos milhares de devotos de Nossa Senhora da Penha, a padroeira do Estado, meu destaque ao Convento vai por conta das boas energias e da visão privilegiada que se tem lá do alto.
sábado, abril 18
Dia do Livro Infantil?
Hoje fugi totalmente da rotina: de manhã dei um rolé no comércio, comi um feijão bem temperado num restaurante da vizinhança, vi um filme depois de assistir Em Movimento, meu programa regional preferido, e só fui ligar o computador por volta das cinco da tarde. Fosse um dia ‘normal’, a sedutora máquina seria ligada na seqüência do café da manhã. Fui direto dar uma conferida nos jornais locais e foi assim que fiquei sabendo que hoje se comemora o Dia Nacional do Livro Infantil. Em geral nem fico sabendo dessas comemorações que existem mais para estimular as vendas do comércio, mas até que esta faz sentido. A data foi escolhida em homenagem a Monteiro Lobato (18 de abril é o dia do seu nascimento), sem dúvida o ‘pai’ da literatura infanto-juvenil do Brasil. A propósito da data, a Gazeta Online foi a uma livraria de shopping pesquisar se os vendedores têm informação suficiente sobre esse tipo de literatura. Para isso levou um teste de 5 perguntas, preparado pelo professor Francisco Aurélio Ribeiro. Não vou aqui questionar o teor das perguntas, só acho uma covardia fazer isso com jovens de 19, 20 anos, certamente no seu primeiro emprego, para depois colocar na manchete “vendedores de livros são reprovados”.
Uma das perguntas tinha a ver com as obras de Monteiro Lobato. Ora, está certo que ele foi um autor de destaque no início do século XX, mas morreu em 1948. Eu tive a felicidade de ler grande parte da sua obra durante a minha vida escolar, enquanto os jovens de hoje – e muitos adultos também - conhecem o escritor superficialmente, apenas pela televisão, que levou para a telinha algumas histórias do Sítio do Picapau Amarelo. Aliás, a Globo não foi a primeira; antes dela, episódios do Sítio foram levados ao ar pela Tupi, Cultura e Bandeirantes. E ainda bem que isso aconteceu, se não o desconhecimento seria ainda maior. Tenho minhas dúvidas se as histórias de Lobato, escritas para crianças de classe média de um Brasil rural, teriam tantos leitores nos dias de hoje. Mas deixo essa discussão para os especialistas. Queria mesmo era falar do quizz, assim mesmo, em inglês, como está no jornal.
Ah, a propósito, os três jovens entrevistados acertaram uma, duas e duas questões, das cinco propostas (tem até vídeo, mostrando as respostas ao vivo). Quis me submeter também ao teste, por escrito, sem ver o vídeo antes, lógico. Juro pra vocês que acertei as cinco questões, mesmo sendo uma ignorante no assunto. Também, pra alguma coisa há de servir o peso da experiência (leia-se idade), né não?
Se vocês quiserem fazer o teste, vão lá no link:
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2009/04/78255-no+dia+do+livro+infantil+vendedores+de+livrarias+sao+reprovados.html
quinta-feira, abril 16
Doam-se livros
Não fumo, não bebo, nem como carne vermelha, mas tenho cá meus vícios: gosto de bons perfumes, bons cremes e bons livros. Devo admitir que não são vícios muito baratos, mas para quem não liga pra carro do ano, celular top de linha nem roupas de griffe, constituem um caprichozinho aceitável, não acham?
Esse blablablá aí tem a ver com a imensidão de livros em que me vi envolvida nos últimos trinta dias. É que, na iminência de mudar de uma casa espaçosa para um apertamento, tive que decidir que destino dar às centenas de livros que dormiam (a maioria), pachorrentos, nas empoeiradas prateleiras. Não tenho a menor noção do número exato de volumes. Sei apenas que ocupavam duas paredes de dois metros e meio cada, com prateleiras até o teto. E já havia aquela (des)organização caótica, com uns por cima dos outros.
As estantes, claro, estão em meu escritório, lugar onde passo a maior parte do tempo quando estou em casa. Por isso adquiri uma intimidade quase promíscua com esses livros: os “de trabalho”, aos quais dava mais carinho; os presenteados, que me lembravam como é bom ter amigos; os herdados de um tio intelectual, publicações sobre temas variados em português, francês e espanhol. Ao longo de mais de vinte anos fui acumulando, orgulhosa, esse patrimônio. Algum dia, quando me aposentar, ainda hei de ler aquele ali, pensava, enquanto me espreguiçava na cadeira em frente ao computador, olhando distraidamente para algum título interessante. A necessária mudança de casa fez cair a ficha: a separação era inevitável.
Fui baixando pouco a pouco os livros das estantes, separando e guardando em caixas de papelão. Uma grande número agora faz parte de uma biblioteca comunitária, outros foram doados a ex-alunos de Letras, uns poucos foram parar num sebo. Ainda há alguns didáticos esperando para serem adotados. Fiz a coisa certa, livro tem mais é que circular. Que estupidez a minha guardar egoisticamente tantas obras que poderiam estar abrindo corações e mentes! Apesar da canseira do trabalho, tenho que confessar que me deu enorme prazer reencontrar algumas dessas parceiras e manuseá-las antes de me despedir delas para sempre. Uma agradável surpresa foi recuperar um livro adquirido em maio de 1988, do qual gosto muito. Intitula-se ZOOILÓGICO e é uma coletânea de minicontos fantásticos escritos por Marina Colasanti (adoro o que ela escreve). E para comemorar esse reencontro, transcrevo um dos textos do livro (o desenho aí ao lado é do grande Ziraldo, patrimônio nacional).
Educação
Durante algum tempo tentou ensiná-lo a fazer pipi no lugar certo. Esfregava-lhe o nariz na poça amarela, batia com o jornal, e duas vezes por dia o levava a passear. Mas o homem relutava em aprender. E o cachorro não teve outro remédio senão mantê-lo para sempre trancado no banheiro.
P.S. Ah, ia esquecendo de dizer que um outro vício meu é beber bons vinhos na companhia de bons amigos. Aí a gente solta a língua e conta mais histórias....
Esse blablablá aí tem a ver com a imensidão de livros em que me vi envolvida nos últimos trinta dias. É que, na iminência de mudar de uma casa espaçosa para um apertamento, tive que decidir que destino dar às centenas de livros que dormiam (a maioria), pachorrentos, nas empoeiradas prateleiras. Não tenho a menor noção do número exato de volumes. Sei apenas que ocupavam duas paredes de dois metros e meio cada, com prateleiras até o teto. E já havia aquela (des)organização caótica, com uns por cima dos outros.
As estantes, claro, estão em meu escritório, lugar onde passo a maior parte do tempo quando estou em casa. Por isso adquiri uma intimidade quase promíscua com esses livros: os “de trabalho”, aos quais dava mais carinho; os presenteados, que me lembravam como é bom ter amigos; os herdados de um tio intelectual, publicações sobre temas variados em português, francês e espanhol. Ao longo de mais de vinte anos fui acumulando, orgulhosa, esse patrimônio. Algum dia, quando me aposentar, ainda hei de ler aquele ali, pensava, enquanto me espreguiçava na cadeira em frente ao computador, olhando distraidamente para algum título interessante. A necessária mudança de casa fez cair a ficha: a separação era inevitável.
Fui baixando pouco a pouco os livros das estantes, separando e guardando em caixas de papelão. Uma grande número agora faz parte de uma biblioteca comunitária, outros foram doados a ex-alunos de Letras, uns poucos foram parar num sebo. Ainda há alguns didáticos esperando para serem adotados. Fiz a coisa certa, livro tem mais é que circular. Que estupidez a minha guardar egoisticamente tantas obras que poderiam estar abrindo corações e mentes! Apesar da canseira do trabalho, tenho que confessar que me deu enorme prazer reencontrar algumas dessas parceiras e manuseá-las antes de me despedir delas para sempre. Uma agradável surpresa foi recuperar um livro adquirido em maio de 1988, do qual gosto muito. Intitula-se ZOOILÓGICO e é uma coletânea de minicontos fantásticos escritos por Marina Colasanti (adoro o que ela escreve). E para comemorar esse reencontro, transcrevo um dos textos do livro (o desenho aí ao lado é do grande Ziraldo, patrimônio nacional).
Educação
Durante algum tempo tentou ensiná-lo a fazer pipi no lugar certo. Esfregava-lhe o nariz na poça amarela, batia com o jornal, e duas vezes por dia o levava a passear. Mas o homem relutava em aprender. E o cachorro não teve outro remédio senão mantê-lo para sempre trancado no banheiro.
P.S. Ah, ia esquecendo de dizer que um outro vício meu é beber bons vinhos na companhia de bons amigos. Aí a gente solta a língua e conta mais histórias....
quarta-feira, abril 15
Meu anjo protetor
O post de hoje é todo dedicado ao meu anjo de guarda. A rigor, agradeço toda dia sua proteção, mas hoje quero fazer um agradecimento especial e me permito postar uma oração a ele.
Eu lhe saúdo, amado Raziel
Guardião da bondade, criatividade
e das idéias puras
Dai-me força para trabalhar,
revelar a verdade e encorajar as pessoas
com meus sentimentos mais nobres de bondade
Faça de mim um instrumento
para suas experiências angelicais
Quero sempre viver com base no amor,
bondade, caridade e sabedoria.
Que isso seja uma constante em minha vida.
Ilumina-me para continuar digno e forte, sempre,
para prestar em nome de Deus
os serviços da pureza.
Dê-me sua proteção.
Honre-me com sua luz,
Amado querubim Raziel.
Assim seja.
terça-feira, abril 14
Pra não dizer que não falei de poesia
Em muitas culturas no mundo, a lua simboliza a energia feminina. Talvez por isso mesmo eu mantenha com ela uma inexplicável ligação, uma relação de bem-querer, de respeito, admiração, reconhecimento pela sua intensa influência sobre a natureza e os seres vivos. Cantada por incontáveis poetas, ela aceita ser cortejada sem perder a altivez e continua inspirando os enamorados em todos os cantos do planeta. Mas foi uma poeta brasileira quem conseguiu traduzir esse sentimento de semelhança lua-mulher em versos de rara sensibilidade. Eu adoro este poema, escrito nada mais, nada menos, por Cecília Meirelles. É ele que reproduzo a seguir, nesta noite de lua cheia quase passando a minguante.
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Lindo, não? Pois quando eu menos esperava, dei de cara aqui na rede com uma composição versando sobre o mesmo tema, também muito expressiva. Aliás trata-se de um “comentário” sobre a Lua Adversa, como diz sua autora, Mara Regina Weiss. Vale a pena conhecer essa versão.
Eu tenho fases, como a Lua
Eu tenho fases como a lua,
ora sou cheia, ora minguante;
ora aqui dentro, ora na rua,
quero ficar e vou adiante!
Eu sou opaca e sou brilhante,
sou de ninguém (às vezes tua);
Eu tenho fases como a lua,
ora sou cheia, ora minguante...
Sou verdadeira, nua e crua,
mas quando mínguo, inconstante,
eu sou uma pena que flutua;
mulher, menina, sou mutante!
Eu tenho fases como a lua...
(Comentando Lua Adversa de Cecília Meirelles)
Mara Regina Weiss
Publicado no Recanto das Letras em 24/09/2007
segunda-feira, abril 13
Investimento inútil
Pi... pi... pi... pi... Alguém aí pode me explicar por que as pessoas não deixam recado em secretária eletrônica? Preguiça? Medo? Doce? Ou apenas vontade de criar suspense? Gente, o tal de celular virou uma praga, pelas ruas as pessoas vão caminhando e falando, não tem lugar público que alguém não alugue nossas orelhas com assuntos ‘importantíssimos’ que precisam ser comunicados antes que o mundo acabe. Tem também os torpedos, que fazem a alegria daqueles que têm os créditos racionados e não querem desperdiçar. E os MP3 e MP4, sei lá. O que mais se vê é a galera, principalmente jovens, com aquelas coisas penduradas o tempo todo, alguns até querem assistir aula com o fone nos ouvidos. Mas a velha secretária eletrônica, ah! essa é desprezada pela imensa maioria. Posso ser da antiga, mas eu tenho secretária eletrônica . Talvez para compensar as chamadas perdidas no meu móvel, que raramente ouço tocar quando estou na rua e ele, na bolsa.
Em outros tempos gravava mensagens de recebimento engraçadas e pelo menos quem ligava fazia pelo menos uma piadinha. Talvez seja até o caso de voltar com elas. A verdade é que quando chego em casa e vejo no mostrador do telefone o registro de mensagens, vou conferir e invariavelmente ouço .. pi... pi... pi... pi.... nem uma palavra! Que tal se eu dissesse mais ou menos assim: Ei, amigo(a), pode falar, o telefone não morde! Ou então: Aproveita e faz seu teste de voz, quem sabe a Joven Pan não te contrata? Mas vai que é uma proposta de emprego irrecusável e o head hunter não gosta de piadas? Enfim, continuo num mato sem cachorro. A secretária foi o investimento mais inútil que fiz nos últimos tempos. Estou aceitando sugestões sobre o que fazer para motivar quem liga a deixar de fazer suspense ...
domingo, abril 12
sexta-feira, abril 10
Ovos de páscoa & signos
Ah, May, você não queria que o ovo quadrado atravessasse o Atlântico e chegasse quebrado e derretido aí, né? Falei aí? Aí onde? Lisboa? Madri? Luanda? Londres? Você não sai mais dessa ponte aérea... Vai ficar pro próximo ano ( e até lá já vai ter outra novidade, ehehehehe).
A propósito de ovos de Páscoa, roubei a foto aí de cima e a idéia do Terra, que sugere que devemos escolher o ovo de acordo com o signo de quem vai recebê-lo. Veja o que a matéria diz a respeito do nossos signos.
Touro. Estamos falando do mais guloso dos signos do zodíaco. Portanto, trate de caprichar! Nada de ovos comprados em supermercados e de última hora. A embalagem deve ser sofisticada com muitos laços e fitas em cores discretas e combinadas. O chocolate deve ser dos que derretem suave e delicadamente na boca. Quanto ao tamanho, o maior que você puder encontrar.
Escorpião. Este é outro grande guloso do zodíaco. Mas discreto e com gosto refinado. Portanto, ovos de qualidade são bem-vindos, com tamanho e cores discretas. Uma curiosidade em relação a pessoas de escorpião é que quando gostam de algo, não costumam querer variar. Essa é a famosa fidelidade escorpiana. Se ano passado você deu um ovo que ele adorou, dê o mesmo, ele vai adorar com a mesma intensidade.
A propósito de ovos de Páscoa, roubei a foto aí de cima e a idéia do Terra, que sugere que devemos escolher o ovo de acordo com o signo de quem vai recebê-lo. Veja o que a matéria diz a respeito do nossos signos.
Touro. Estamos falando do mais guloso dos signos do zodíaco. Portanto, trate de caprichar! Nada de ovos comprados em supermercados e de última hora. A embalagem deve ser sofisticada com muitos laços e fitas em cores discretas e combinadas. O chocolate deve ser dos que derretem suave e delicadamente na boca. Quanto ao tamanho, o maior que você puder encontrar.
Escorpião. Este é outro grande guloso do zodíaco. Mas discreto e com gosto refinado. Portanto, ovos de qualidade são bem-vindos, com tamanho e cores discretas. Uma curiosidade em relação a pessoas de escorpião é que quando gostam de algo, não costumam querer variar. Essa é a famosa fidelidade escorpiana. Se ano passado você deu um ovo que ele adorou, dê o mesmo, ele vai adorar com a mesma intensidade.
quinta-feira, abril 9
PAZ-COA DOCE...
Para além do significado religioso da Páscoa , hoje mais do que nunca precisando ser recuperado e exercitado por aqueles que se preocupam com uma sociedade mais fraterna e igualitária, tem também o lado doce da comemoração: a tradição da troca de chocolates. Para as crianças, em particular, é difícil esperar até o domingo para poder saborear os ovos de chocolate que elas tanto desejaram. Para atrair a atenção dos pequenos consumidores, as fábricas que dominam o mercado de uns anos para cá vêm recheando os ovos com toda espécie de brindes, que vão desde bonecos, carrinhos até canecas e outros acessórios infantis. Assim, muitas crianças escolhem antecipadamente o ovo que contém a ‘surpresinha’ que lhes parece mais atraente.
Felizmente quando minhas filhas eram crianças, não havia ainda essas frescurinhas e o que valia mesmo era o chocolate — com amêndoas, ao leite, passas ao rum, branco etc. Elas cresceram, mas continuaram crianças na Páscoa, escolhendo o ovo que queriam ganhar adolescência afora.
May sempre queria experimentar a última novidade em sabor. Ela não está aqui nesta Páscoa, como não esteve nos últimos cinco anos. Mas se estivesse, avant-garde como ela é, certamente ia querer a novidade deste ano da Garoto.
É todo seu, May, este ovo daí de baixo, o ovo quadrado.
Felizmente quando minhas filhas eram crianças, não havia ainda essas frescurinhas e o que valia mesmo era o chocolate — com amêndoas, ao leite, passas ao rum, branco etc. Elas cresceram, mas continuaram crianças na Páscoa, escolhendo o ovo que queriam ganhar adolescência afora.
May sempre queria experimentar a última novidade em sabor. Ela não está aqui nesta Páscoa, como não esteve nos últimos cinco anos. Mas se estivesse, avant-garde como ela é, certamente ia querer a novidade deste ano da Garoto.
É todo seu, May, este ovo daí de baixo, o ovo quadrado.
quarta-feira, abril 8
Consultório sentimental
O que tem de site de relacionamento na praça não tá no gibi. Uns mais, outros menos selecionados, alguns confiáveis, outros não. Devo mencionar que já conheci gente bem interessante por meio dessa ferramenta, dentro e fora do país. Quero dizer, primeiro virtual, depois pessoalmente. Com alguns, os laços de amizade se mantêm, apesar do tempo. Até aí nada de excepcional, sou apenas uma entre milhares e milhares de pessoas que já viveram a mesma experiência. Mas nunca tinha recebido uma mensagem como a que caiu esta semana na minha caixa e que gostaria de compartilhar com você, pelo inusitado do seu conteúdo. Dá só uma olhada:
Estou procurando uma sogra legal e vc tem um perfil bem interessante.
Estou procurando uma sogra legal e vc tem um perfil bem interessante.
Não me leve a mal, mas se tiver uma neta ou filha solteira e jovem
acima de 18 anos bonita como vc peça pra ver meu perfil e quem sabe
ganhará um genro gente boa como eu.
Parece, mas não é brincadeira estou falando sério!
Parece, mas não é brincadeira estou falando sério!
Deixo mil beijinhos respeitosos e cordiais.
Tá pensando que eu inventei? De jeito nenhum, é a pura verdade. Marcelo (este é seu nome) mora na mesma cidade que eu, tem 35 e quer uma namorada com idade entre 18 e 27. Bem, grosseiro ele não foi, né, gente? Mas também não precisava ser tão ingênuo assim. Será influência de um desses programas de televisão das tardes de sábado/domingo em que o candidato sai individualmente com três mães para depois escolher a namorada a partir da publicidade que elas fazem das filhas? Nesse esquema, a personalidade da sogra e sua habilidade para convencer têm um peso enorme. Mas a questão não é essa. Ponha-se no meu lugar. O que devo dizer pro Marcelo??? Clique aí embaixo e me dê uma orientação. HELP!!!
Tá pensando que eu inventei? De jeito nenhum, é a pura verdade. Marcelo (este é seu nome) mora na mesma cidade que eu, tem 35 e quer uma namorada com idade entre 18 e 27. Bem, grosseiro ele não foi, né, gente? Mas também não precisava ser tão ingênuo assim. Será influência de um desses programas de televisão das tardes de sábado/domingo em que o candidato sai individualmente com três mães para depois escolher a namorada a partir da publicidade que elas fazem das filhas? Nesse esquema, a personalidade da sogra e sua habilidade para convencer têm um peso enorme. Mas a questão não é essa. Ponha-se no meu lugar. O que devo dizer pro Marcelo??? Clique aí embaixo e me dê uma orientação. HELP!!!
terça-feira, abril 7
Forza Aquila!
Quero me solidarizar com os italianos da região de Abruzzo, vítimas de um terremoto que destruiu algumas localidades, em especial a cidade de Áquila. Como acontece nessas ocasiões, milhares de pessoas perderam suas moradias, outras, a vida, e tudo terá de ser reconstruído. Reconstruído em termos: Áquila era uma dessas cidadezinhas medievais que encantam os turistas, segundo dizem uma das mais bem conservadas da Itália. O terremoto botou abaixo grande parte das edificações, monumentos e residências, deixando soterrado um patrimônio histórico inigualável. Lamentavelmente não cheguei a conhecê-la, mas suas paisagens ficarão imortalizadas em dois notáveis filmes realizados no final da década de 80,
O nome da rosa e O feitiço de Áquila. Pessoalmente prefiro o romantismo deste último, que conta uma história de um casal impedido de viver seu amor graças a um feitiço cruel: de dia ela se transformava em falcão e de noite ele se transformava em lobo, assim era impossível encontrarem-se. Bem, se quiser saber como termina a história, vá correndo a uma locadora. Quem sabe não encontra uma cópia perdida nas prateleiras?
O nome da rosa e O feitiço de Áquila. Pessoalmente prefiro o romantismo deste último, que conta uma história de um casal impedido de viver seu amor graças a um feitiço cruel: de dia ela se transformava em falcão e de noite ele se transformava em lobo, assim era impossível encontrarem-se. Bem, se quiser saber como termina a história, vá correndo a uma locadora. Quem sabe não encontra uma cópia perdida nas prateleiras?
sexta-feira, abril 3
BBB? PQP!
Que a Globo invista energia e tempo de antena para veicular a nona edição de um reality show decadente e deseducativo, até se aceita: azar o dela, que perde a cada dia mais espectadores e azar dos espectadores, que poderiam empregar seu tempo em diversões menos degradantes. Não vou entrar no mérito da coisa porque tenho a opção de ver outro canal, ou de não ver nada. Agora, o que não dá pra agüentar é entrar na internet e ver que os sites de conteúdo mais importantes, como Terra, UOL, BOL, Yahoo e MSN, repercutem diariamente as fofocas que rolam dentro do confinamento. Isso na capa e em muitos tags. Para ter uma idéia dessa praga, uma das chamadas em destaque hoje no Terra era a seguinte: Gosto de magrelos, vocês têm os maiores perus, diz Francine. Uuuuuuuuuu... Vamos combinar, fujo do Bial fazendo aquele papel de idiota pago para estimular o voyerismo do povão e viro massa de manobra na rede? Que importância jornalística tem essa opinião para ser reproduzida entre as matérias de capa daquele site? Que interesses têm os responsáveis pelo conteúdo dos sites em encher a bola do programa global? Arre égua!
quinta-feira, abril 2
Virando o disco
A primeira frase que me veio à cabeça para intitular este post foi essa aí em cima. Mas de repente me dei conta de que os mais jovens poderiam não entender. Virar o disco tem a ver com um artefato que as novas gerações não conheceram, o disco de vinil ou LP (long play), o popular ‘bolachão’. Para quem já nasceu ouvindo o CD (compact disc), o LP é só um disco negro que os DJs recuperaram no tempo para dar mais ritmo às baladas. Além de objeto de desejo de colecionadores. Fora isso, fica até difícil entender que o avô do CD era gravado nas duas faces, lado A e lado B. Daí a expressão. 'Virar o disco' significa literalmente tocar o outro lado do vinil. E por analogia, mudar de assunto quando algo já está cansando. É o que vamos fazer agora, deixar o prazer da viagem ao Chile para trás e colocar o foco na triste realidade brasileira.
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