sábado, março 21

Viña del Mar, Cidade Jardim

Quem vai a Santiago raramente deixa de dar uma esticadinha até Viña del Mar e Valparaíso, principalmente os brasileiros acostumados à proximidade com o mar. Essas cidades ficam a cerca de 130 km da capital, que não tem mar, mas é cortada pelo caudaloso rio Mapocho. Como 9 entre 10 rios urbanos, o Mapocho também sofre da doença da poluição, mas não estranhe se, dentro de dez, quinze anos, ele se transformar em uma atração turística, oferecendo passeios de barco ao longo da sua extensão. Os chilenos já estão tratando disso.

O mapa do Chile aí ao lado é só para lembrar a sua forma e localização na América do Sul. Se a Itália é conhecida como o país da bota, o Chile, “o país mais estreito do mundo” (quase 800 mil metros quadrados de extensão) poderia ser associado a quê? A uma cobra? Uma linguiça? Claro, é só uma brincadeirinha respeitosa. E já que paramos para uma refrescada, aqui vai uma pergunta para aqueles que não fugiram da aula de geografia: além do Chile, qual é o outro país sulamericano com o qual o Brasil não tem fronteiras? Muito fácil esta? Ei, não vale consultar o tio Google, vai lá embaixo no comentário e deixe sua resposta agora. Os dois primeiros acertadores receberão em seu endereço eletrônico, totalmente gratuito, um diploma de honra ao mérito (juro!).

Essa conversa toda aí é só para dizer que o Brasil (leia-se as oligarquias históricas que estiveram no poder em outros tempos) sempre cobiçou o Chile pela sua posição estratégica de abertura para o Pacífico. As oligarquias achavam inconcebível o maior país da AL não ter uma saída para o maior oceano do mundo.


Viña del Mar e Valparaíso estão coladas uma na outra: se o guia do passeio não chamar a atenção, a gente fica sem saber que já saiu da primeira e entrou na segunda. Viña é a típica cidade para agradar qualquer turista: ruas limpas e ajardinadas, condomínios elegantes, praias atraentes, bons restaurantes e bares à beira-mar e provavelmente outras atrações que a cronometrada programação da excursão nos impediu de ver (você deve conhecer o esquema).


Os jardins sempre floridos e um famoso relógio feito de flores renderam à cidade o epíteto de “Cidade Jardim”. Tivemos alguns minutos para circular à beira-mar, tirar fotos e, aceitando a sugestão irônica da guia aos brasileiros do grupo, “molhar os pés nas águas do Pacífico”.










Eu fui! E fiz questão de fotografar o momento, apesar de ser uma velha conhecida dele. Nossa intimidade começou no ano 2000, na baía de Acapulco (México), onde suas águas são bem mais calientes. Não é à toa que em Acapulco estão as praias que, nos anos 40 e 50, faziam a alegria dos ricaços americanos e dos diretores de Hollywood. Um luxo! Mas essa já é outra história das mil e uma noites.

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