quinta-feira, março 5

A moderna Santiago



















Com uma população estimada em 6 milhões de habitantes, Santiago é a sétima cidade mais populosa da América Latina (antecedida, pela ordem, por México, São Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lima e Bogotá) e a terceira em qualidade de vida. Está entre as 60 cidades com maiores ingressos do mundo, com um PIB de mais de 90 bilhões de dólares. A economia chilena, na qual a região de Santiago tem grande participação, fundamenta-se sobre seis pontos principais: cobre, madeira, frutas, pescados, turismo e vinhos.
Sou da geração que vibrou com o movimento de Unidade Popular que conduziu o socialista Salvador Allende ao governo do Chile em 1970 e sofreu muito, 3 anos depois, quando a CIA, junto com ditadores latino-americanos, patrocinou o golpe militar que colocou Pinochet no poder. O dia 11 de setembro de 1973 será lembrado sempre como o assassinato feroz de Allende e o início da eliminação sumária de milhares de chilenos que apoiavam seu governo. Era o fim de um sonho para os democratas do continente sul-americano.

Quando, afinal, desembarquei no aeroporto de Santiago e percorri de carro as autoestradas e ruas que me levariam ao hotel, ouvindo o motorista contar com orgulho as maravilhas da sua terra, uma pergunta não me saía da cabeça: Terá valido a pena? Hoje os chilenos se gabam da qualidade de vida que têm. Mas os mais velhos, que perderam filhos, parentes e amigos nas mãos do sanguinário Pinochet ou sofreram perseguições por terem apoiado a Unidade Popular, sabem que tiveram que pagar um preço muito alto por tudo isso.

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PARA NÃO ESQUECER:
Trecho do último discurso de Allende em 11 de setembro de 1973, dirigindo-se aos chilenos:

¡Yo no voy a renunciar! Colocado en un tránsito histórico, pagaré con mi vida la lealtad del pueblo. Y les digo que tengo la certeza de que la semilla que hemos entregado a la conciencia digna de miles y miles de chilenos, no podrá ser segada definitivamente. Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen ni con la fuerza. La historia es nuestra y la hacen los pueblos.
¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!



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