domingo, maio 10

Sarah, olha aí.

Sempre tive uma certa implicância com esse hábito de festejar a mãe num dia especial. Engrosso a fileira daqueles que defendem a posição de que as mães devem ser reverenciadas todos os dias. Não estou falando de uma pieguice cega, com sabor de obrigação, mas de um sentimento espontâneo de reconhecimento e retribuição ao amor incondicional dessas mulheres, capazes de qualquer sacrifício para que suas crias se tornem pessoas saudáveis, felizes, responsáveis e dotadas de mil outras virtudes que as distingam das criaturas comuns. Sim, porque aos olhos de toda mãe, não há nada mais especial que suas criaturas. E mesmo depois de adulto, por mais que a roda viva carregue esse filho pra lá, ele será sempre lembrado como o ser frágil que ela teve nos braços e que ainda necessita dos seus cuidados para enfrentar a vida. Claro, estou falando da posição de mãe, mas quando somos apenas filhos, não temos essa visão grandiosa do amor materno. A ficha só cai de fato quando mudamos de lado, acho eu. Também já fui filha: filha criança, filha adolescente, filha adulta. Sempre inquieta e rebelde. E também seduzida pelo apelo comercial. A cada segundo domingo de maio, lá ia eu levando o “presentinho”, em geral escolhido em função do que havia conseguido poupar no apertado orçamento doméstico, certa de estar cumprindo meu dever de filha, imaginem. Só muito tempo depois é que entendi que presentes não têm a menor importância. Quero dizer, adoro ganhar presentes quando são escolhidos com carinho, embrulhados com capricho e vontade de agradar. Mas não é bem isso que espero ganhar no dia das mães das minhas filhas. Será que elas já entenderam isso? Ou vou ter que esperar que elas também sejam mães para que isso aconteça?

2 comentários:

  1. Olha aí!! Sabia que não ia passar em branco... Bem, o que eu tenho pra dizer como filha é que também sou "seduzida" pelo comércio no segundo domingo de maio. Só que esse ano foi diferente, justo no ano em que eu tenho meu próprio dinheirinho... eu antecipei o presente sem a mínima intenção de dar a ele esse "valor" de dia das mães. A verdade é que virei a filha que paparica quando pode. (risos) E eu bem acho que minha mãe está satisfeita com isso. Aí tá bom, né? Hehehe...

    Então, novamente, Feliz Dia das Mães! Professoras costumam ser mães de vez em quando também...

    boa semana,
    Sarah.

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