segunda-feira, agosto 31

Dá cá um abraço



Hoje me bateu uma saudade danada de um amigo querido que não encontro há bastante tempo, talvez pra mais de cinco anos. E, pasmem, vivemos na mesma cidade. Fiquei pensando em como vamos permitindo a vida nos afastar das pessoas que amamos, assim, sem a menor reação. Um belo dia, nos damos conta de que o tempo passou e, infelizmente, nada será como antes. Essa pessoa que trago na minha memória afetiva provavelmente não existe mais. Estarão grisalhos os cabelos? Terá ganho, como eu, uns quilos a mais? Marcas do tempo no rosto, na pele, na postura? Nada disso importa, o sorriso com certeza ainda será o mesmo, um pouco tímido, um tanto descarado. Talvez não tenha mudado também o jeito engraçado de falar, ironizando os problemas, e transbordando ternura quando recorda fatos da sua (nossa) juventude... Que bom seria ganhar um abraço seu agora, amigo, e relembrar aquele tempo mágico! Peço ajuda a Drummond: “Eu não devia te dizer, mas essa lua, mas esse conhaque, botam a gente comovido como o diabo”.

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