segunda-feira, setembro 13

Mas nem tudo são flores...

Da crise econômica em que se viu enredada no final dos anos 90, a Argentina não conseguiu se livrar até o presente. Dívida externa, desemprego, baixos salários, custo de vida alto para os padrões dos trabalhadores. No entanto, pode-se passear tranquilamente pelas ruas, nenhum pivete arranca sua bolsa e sai correndo nem ninguém encosta um tresoitão na sua nuca pedindo o celular, o relógio e toda a grana. Mas numa coisa temos que ficar de olhos bem abertos: com o dinheiro bloqueado e sendo liberado a conta-gotas pros donos, a solução encontrada por quadrilhas foi fabricar sua própria grana, independente da vontade da Casa da Moeda argentina. Assim, criou-se uma cultura de falsários. Muitos pesos falsos, iguais aos verdadeiros, com marca d’água, detalhes prateadinhos e tudo o mais são repassados por taxistas e comerciantes na maior tranqüilidade. Pagou com uma nota de cem, o troco pode vir com uma nota de 50 fake, as mais fáceis de passar. E a falsificação não é só de pesos não, também há dólares made in Argentina circulando. Por isso a turistada brasileira prefere pagar as compras com reais mesmo ou com cartão de crédito. É mais seguro e evita aquela cara de “o que é que eu faço agora?”. Obviamente a única coisa a fazer é ouvir um tango argentino.


Aí em cima a nota que esta vítima recebeu de algum espertinho portenho, igualzinha à verdadeira; a única diferença é o papel: passando a mão se percebe que é fotocópia, me explicou um senhor honesto. Pode?

Um comentário:

  1. Gente! To passada. (risos)

    Essa vai ficar de lembrança então.

    Detalhe: adorei esse seu 'despertar' aqui no blog. Você podia viajar sempre, pra voltar cheia de verbos pra nós. Adoro quando você escreve! Beijão.

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