

A disputa entre argentinos e brasileiros é antiga e não se resume aos assuntos futebolísticos, como se sabe. Queira ou não queira, a Argentina tem que aceitar o fato de sua extensão territorial ser três vezes menor que a nossa, o que nos dá certa vantagem. Por outro lado, ela apresenta outros indicadores que são de nos matar de inveja: letramento e cultura, por exemplo. O turista brasileiro mais desavisado deve se perguntar por que razão há tantas livrarias no centro de Buenos Aires e por que ficam abertas até as 10 horas da noite, inclusive aos domingos. Um luxo, não? Além disso, não dá para não admitir que a mais européia das capitais da América do Sul é uma cidade linda e confortável, com suas largas avenidas, trânsito organizado, parques e praças por toda parte. Vale a pena conhecer também os bairros de Palermo, Recoleta e San Telmo, onde estão os melhores condomínios e casas, e os monumentos históricos da cidade, desde a Casa Rosada, sede do governo, passando pelo Teatro Colón, Obelisco, Praça de Mayo, Torre Monumental, Congresso Nacional, museus e também o mais importante ponto turístico para os brasileiros: a Galeria Pacífico, a catedral do consumo, no coração da famosa calle Florida. Aí é só comprar, comprar, comprar. Tudo muito barato, já que dois pesos valem um real. Está entendido por que os brasileiros aproveitaram a festa da Independência para invadir Buenos Aires? Eu também estava lá, mas meu objetivo era só relaxar.
