quarta-feira, janeiro 13
Ano novo, tragédias nossas
2010 começou pesado. Como se não bastasse a tragédia na ilha Grande e em Angra na noite da virada do ano, o dilúvio no sul com rios transbordando e inundando cidades inteiras, o casario de um patrimônio histórico no interior de São Paulo sendo levado pelas águas, pontes desabando como castelos de areia e pessoas, muitas pessoas,desabrigadas, desesperadas, mortas, assistimos, aterrorizados, a tragédia de ontem no Haiti. Apesar de não ficar muito distante de terras brasileiras, do Haiti sabemos apenas que se trata do país mais miserável das Américas e que sempre enfrentou guerras e ditaduras sangrentas. Neste momento é controlado por forças da ONU, das quais fazem parte contingentes de soldados brasileiros. O grave terremoto que destruiu mais de 60% da capital Porto Príncipe, matou milhares de haitianos, e também muitos dos brasileiros que ali praticam o voluntariado para amenizar a fome e as precárias condições de vida da população local. A pergunta que não quer calar: que lição devemos tirar desses fatos que atropelaram o nosso cotidiano no momento em que ainda nos desejávamos um ano novo cheio de alegrias e muitas coisas boas? O que temos que aprender dessa forma tão dolorosa? Fica a pergunta. Por oportuna, reproduzo uma declaração de D. Paulo Evaristo Arns, ex-arcebispo de SP e irmão da médica Zilda Arns, uma das vítimas brasileiras no terremoto do Haiti: “Não é hora de perder a esperança!”
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