quinta-feira, abril 8

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa!

Terça-feira, dia 6, 17 horas. Mal acabei de estacionar meu carro na porta do edifício Master Place, nas imediações da av. Leitão da Silva, e a chuva caiu, com vontade! Tinha uma consulta médica marcada para o horário, mas a consulta só aconteceu uns quarenta ou cinqüenta minutos depois. No consultório, os comentários sobre a chuva e a possibilidade de enchente. Mas a atendente tratou de me acalmar, alegando que aquela “chuvinha” não dava pra encher rua nenhuma. Acreditei. Quando desci do prédio e vi meu carro quase sendo levado pelas águas, entrei em pânico. A água estava quase entrando carro adentro. Não dava pra esperar, tirei os sapatos, arregacei as calças e arrisquei. Nem sei como consegui acelerar , em primeira e segunda, e rodar por uns duzentos metros dentro daquela maré, até chegar a um posto de gasolina, que fica num plano mais alto. Muitos carros haviam tido a mesma ideia e o movimento ali era enorme. O terror devia estar estampado na minha cara. Percebendo meu descontrole, um frentista veio até mim, disse para eu deixar o carro ali mesmo, me ofereceu um copo d’água e me ajudou a lavar as pernas com a mangueira, já que a água da chuva tinha se misturado aos esgotos do valão da avenida. Creeeeeeeeeeedo! Imagine a cena. A água sempre subindo mais, e a perspectiva de eu ficar ali até muito tarde. As imagens das enchentes de São Paulo e de Minas, com carros à deriva e gente sendo arrastada pelas enxurradas não me saíam da cabeça. Uma coisa é ver na tevê, outra coisa é ser personagem de uma novela como essa. Olhei em volta e vi um grupo de marmanjos em frente a loja de conveniências, que se divertia jogando sinuca, comendo churrasquinho e tomando cerveja. Daí relaxei também. Esperei, esperei, esperei. Por volta das 8 e qualquer coisa, a chuva deu uma trégua e o esgoto começou a baixar lentamente. Assim que deu, pus meu anfíbio em movimento e enfrentei o congestionamento na reta da Penha. Lá pelas 9 e quarenta, cheguei em casa. Nível máximo de estresse, mas viva.

2 comentários:

  1. Gente! Eu jamais vou conseguir descrever tão bem a minha terça-feira... Mas que foi terrível, isso foi. Eu não sei o que é pior: ter um carro ou ir de ônibus. Eu saí da Ufes às 18:40 e cheguei em casa às 21:20. Conclusão: estresse máximo também.

    Agora, esse solzinho frio é maravilhosamente agradável. Vamos desestressar!
    Beijo beijo.

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  2. olá! O tempo, fez verdadeiros danos, por este Mundo fora, infelizmente. Imagino o seu susto e das outras pessoas. Já não bastas, as maldades existentes no Mundo, e ainda para mais, a Natureza prega-nos partidas. Espero que esteja tudo bem, consigo. beijos e um bom fim de semana!

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